ATA DA SEGUNDA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 17.3.1992.
Aos dezessete dias do mês de março do ano
de mil novecentos e noventa e dois reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha, a
Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Segunda Sessão Solene da Quarta Sessão
Legislativa Ordinária da Décima Legislatura, destinada a conceder o Titulo
Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Carlos Henrique Esquivei
Bastos, concedido através do Projeto de Lei do Legislativo nº 194/91 (Processo
nº 2313/91), de autoria do Vereador
Ervino Besson. Às dezessete horas e quinze minutos, constatada a existência de
”quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou os
Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades
presentes. Compuseram a Mesa: Vereador Dilamar Machado, Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre; Senhor Carlos Henrique Esquivei Bastos, Secretário
Especial do Estado da Comunicação Social, Homenageado; Senhor Hélio Corbelini,
Secretário do Governo Municipal, representando o Prefeito Municipal; Senhor
João Gilberto Lucas Coelho, Vice-Governador do Estado, representando o
Governador do Estado; Senhor Flávio Obino, Diretor-Presidente do Banco do
Estado do Rio Grande do Sul; Senhor Rafael Bandeira, Presidente do Grêmio
Futebol Porto-Alegrense ; Senhor Marcelo Horppi, representando o Tribunal
Regional de Justiça; Senhor Fábio Koff, Presidente do Conselho Deliberativo
Grêmio Futebol Porto-Alegrense; Daltro Franchini, Presidente da FENAPRO;
Vereador Ervino Besson, Secretário “ad hoc”; e Senhora Ana Maria Bastos, Esposa
do Homenageado. Após, o Senhor Presidente pronunciou-se acerca da solenidade,
convidando os presentes a, de pé, ouvirem a execução do Hino Nacional. A
seguir, o Senhor Presidente registrou a presença, no Plenário, dos Senhores
Wilson Müller, Chefe de Polícia do Estado; Jorge Debiagi, Secretário de Estado
de Obras; Coronel PM Vanderlam Chefe da Casa Militar; Tadeu Karcheski,
Presidente da Câmara Municipal de Passo Fundo; Hirton Dib, Prefeito Municipal
de Passo Fundo; Jogo Belmonte, Prefeito Municipal de Itacorubi; Deputado
Estadual Sérgio Zambiazi; José Barrionuevo; Castelo Branco; Paulo Sérgio;
Paulo Sant’Anna; Ruy Carlos Ostermann; Norberto Silveira; Salimen Júnior;
Lauro Schirmer; bem como dos Filhos do Homenageado: Sandra, Denise, Lisiane,
Carlos Henrique e Rosa Cristina, além do Neto, Tiago. Após, o Senhor Presidente
concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador
Ervino Besson, em nome das Bancadas do PTB e PV e proponente da solenidade,
reportou-se sobre a vida pregressa do Homenageado, citando vários trabalhos
elaborados pelo mesmo nos meios de comunicação. O Vereador Artur Zanella, em
nome das Bancadas do PDS e PL, referiu-se ao evento destacando as qualidades do
Homenageado e afirmando que o mesmo teve a felicidade de desenvolver seu
trabalho nesta Cidade, merecendo, portando, o respeito deste Título de Cidadão
de Porto Alegre. O Vereador Isaac Ainhorn, em nome da Bancada do PDT, teceu
comentários sobre as atividades desenvolvidas pelo Senhor Carlos Bastos,
saudando-o pelo recebimento do Título de Cidadão de Porto Alegre, afirmando que
o mesmo sempre foi um homem de convicções firmes. O Vereador Clóvis Ilgenfritz,
em nome da Bancada do PT referiu-se à solenidade, dizendo que o Homenageado
participou de episódios importantes no Pais, como jornalista, época em que eram
abertas as portas para a democratização. O Vereador Lauro Hagemann, em nome da
Bancada do PCB, reportou-se sobre o trabalho do Homenageado durante a ditadura
neste Pais, afirmando que o mesmo participou ativamente desse episódio. Disse,
ainda, que o mesmo representou os legítimos anseios da sociedade: liberdade,
democracia e pluralismo. Em continuidade, o Senhor Presidente convidou a todos
para, de pé, assistirem à entrega ao Senhor Carlos Bastos, do Diploma, pelo
Senhor Hélio Corbelini, e pelo Senhor João Gilberto L.Coelho, da Medalha
referentes ao Título de Cidadão de Porto Alegre. A seguir, o Senhor presidente
concedeu a palavra ao Homenageado, que agradeceu o Título recebido. Às dezoito
horas e vinte e oito minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para à
Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelo Vereador Dilamar Machado e secretariados pelo Vereador Ervino Besson,
Secretário “ad hoc”. Do que eu, Ervino Besson Secretário “ad hoc”, determinei
fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos
Senhores Presidente e 1º Secretário.
O SR.
PRESIDENTE: Senhoras e Senhores presentes, nesta Sessão em que concederemos
o Título ao Exmo. Sr. Secretário de Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul,
particularmente como Presidente da Casa, como Vereador, mas acima de tudo como
homem de comunicação, é extremamente agradável e simpático presidir este ato,
pois os meus primeiros passos nos meios de comunicação foram dados ao lado de
Carlos Bastos que carinhosamente, nós, do meio, chamamos de “nenê”.
Bastos, é uma honra presidir estes trabalhos e
dizer do meu afeto pessoal, do nosso profundo relacionamento, desde a dura
década de 60, quando militávamos na Rádio Gaúcha, Departamento de Jornalismo,
em conjunto com outros companheiros de grande valor; deles, aqui presentes, o
Carlos Aveline, o Floriano Correa, o Paulo Totti, o Florianinho, o Nilson
Guimarães, o João Souza, tantos companheiros que faziam daquela equipe que só
era perfeita porque ali tinha a figura digna e equilibrada do Jornalista Carlos
Bastos, que durante muito tempo também honrou o Rio Grande e a RBS com a
programação noticiosa da TV Gaúcha, hoje RBS TV. Por todos seus méritos
pessoais e profissionais, bem como de comportamento público, é muito importante
para esta Casa que, em nome do Vereador proponente Ervino Besson e demais
Vereadores que vão saudar o homenageado, tenhamos este ato, agradecendo desde
logo a presença das senhoras e senhores que aqui vieram participar conosco
desse momento de alegria para o Bastos, para a sua esposa, para seus demais
familiares, para seus amigos. A Mesa está composta pelo ilustre homenageado,
Secretário Especial da Comunicação Social, Dr. Carlos Henrique Esquivel Bastos;
Ilma. Dra. Ana Maria Bastos, esposa do homenageado; Exmo. Sr. Secretário do
Governo Municipal, Hélio Corbellini, representando o Sr. Prefeito Municipal de
Porto Alegre; Exmo. Sr. Vice-Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Dr.
João Gilberto Lucas Coelho; e aqui vem o momento em que a Mesa procurou
homenagear a condição clubística do nosso Cidadão Carlos Bastos, para isso
convidamos para compor a Mesa o Ex-Presidente do Grêmio, e atual Presidente do
Banrisul, Dr. Flávio Obino; o Presidente atual do Grêmio Football
Porto-Alegrense, Dr. Rafael Bandeira dos Santos; o Exmo. Sr. Presidente do
Conselho Deliberativo do Grêmio Football Porto-Alegrense, e Ex-Presidente, Dr.
Fábio Koff; ainda nas nossas Tribunas, o próprio símbolo do amor ao Grêmio
Porto-Alegrense, jornalista Paulo Sant’Ana, Ex-Vereador desta Casa, a quem
saudamos; também compõe a Mesa, para nossa satisfação, o Presidente da FENAPRO,
Federação Nacional das Agências de Propaganda, órgão máximo da propaganda
brasileira, Dr. Daltro Franchini; ainda o Dr. Marcelo Hope, que aqui representa
o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.
Agora, convido a todos os presentes para que, de
pé, ouçamos o Hino Nacional.
(Todos
ouvem, em pé, o Hino Nacional, às 17h23min.)
O SR.
PRESIDENTE: Gostaria de, entre tantas figuras ilustres que nos visitam,
destacar a presença de membros do Governo do Estado do Rio Grande do Sul,
pessoas ilustres, as quais nos honram com a sua presença.
Concedemos a palavra ao Ver. Ervino Besson,
proponente desta homenagem ao Dr. Carlos Bastos.
O SR. ERVINO
BESSON: (Menciona os componentes da Mesa. Ninguém ignora nos dias de hoje a
grande importância dos meios de comunicação de massa, e seu papel destacado na
implantação e na consolidação da democracia.
Entretanto os efeitos desse poderoso recurso para
benefício coletivo, na fiel informação dos fatos e a correta análise de seus
reflexos e implicações, encontra-se relacionada a uma pessoa que assume o
principal papel em qualquer veículo: o jornalista.
É, portanto, motivo de justo orgulho manifestar-me
nesta homenagem pública ao Sr. Carlos Henrique Bastos, que desde seu primeiro
contato com a imprensa, aos 19 anos de idade, como funcionário do jornal “O
Clarin”, de Leonel Brizola, vem se dedicando de forma notável na comunicação
popular.
Sua trajetória nos meios de comunicação estendeu-se
por vários jornais, assim como pelo rádio! E pela televisão, levando aos lares
gaúchos informações sobre fatos relevantes de nossa história, como a encampação
da CRT, a inauguração de Brasília, o episódio da Legalidade, a missão de
políticos que resultou na licença para implantação de Refinaria Alberto
Pasqualini, a campanha presidencial de 1960, a escolha do papa João Paulo II, a
cobertura das eleições de 1978, quando pela primeira vez houve acompanhamento
da votação de candidatos a cargos legislativos, a recente constituinte, além de
vários outros fatos relevantes e programas de debates e formação de opiniões.
Em sua trajetória pelos meios de comunicação,
exerceu em diversos veículos a chefia de reportagem, tanto na TV Gaúcha, no
Jornal Zero Hora, na Rádio Gaúcha, na Rádio Guaíba, havendo exercido plenamente
a profissão de jornalista como repórter sindical, policial, político e editor.
Sua preferência pessoal pelo jornalismo político,
resultou muitas vezes no necessário elo de ligação entre as aspirações
populares e os políticos, contribuindo para a atividade legislativa.
No plano social destaca-se sua colaboração com o
“esporte do povo”, integrando desde 1980 o Conselho Deliberativo do Grêmio
Porto Alegrense.
Nascido em Passo Fundo, neste Estado, elegeu nossa
cidade de Porto Alegre para sua residência e criação de seus 5 filhos, sede de
seu trabalho incansável para a informação pública, chegando a assumir a
Secretaria Especial de Comunicação Social, recebe com justiça, neste momento, a
homenagem do povo porto-alegrense agradecido.
Louvar o trabalho honrado deste homem é o
reconhecimento das nobres qualidades e personalidades de nosso homenageado.
Homem de trabalho. Sua vida tem sido toda orientada
no sentido do progresso.
Homem de coração, seus amigos dão testemunho disso.
Basta somente levantarmos nossas cabeças e olharmos ao nosso lado, e logo
veremos a sua generosidade. Seu nome está ligado a todas as realizações que
visam o bem estar público.
Um homem assim honra a sociedade a que pertence, e
seus exemplos são ligações vivas para os seus concidadãos.
Meu caro amigo Carlos Bastos e familiares,
estimados amigos e amigos do homenageado, confesso que recebi comovido várias
manifestações de carinho, parabenizando-me pela brilhante, justa e feliz
iniciativa, noticiada no Jornal Zero Hora, lida por milhares de pessoas.
Por tudo isto, pedimos a Deus que sempre ilumine os
seus passos.
A cidade está de parabéns e ela te recebe de braços
abertos.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: A Mesa convida V.Exª, Ver. Ervino, para cumprimentar o
homenageado e aproveita, este intervalo, para anunciar, entre tantas
autoridades ilustres, a presença entre nós o Chefe da Casa Militar do
Governador do Estado do Palácio Piratini, Cel. PM Vanderlam, a quem saudamos; o
Ilustre Delegado e Bacharel Nilto Müller, Chefe de Polícia do Estado do Rio
Grande do Sul; e também do Ilustre Secretário de Obras do Estado, Arquiteto
Jorge Debiagi, a quem saudamos e agradecemos a presença entre nós.
O Ver. Ervino Besson usou da palavra em nome das
Bancadas, como proponente da solenidade, do PTB e do Partido Verde. Usará da
palavra, em nome das Bancadas do PDS, e do Partido Liberal, o Ver. Artur
Zanella.
O SR. ARTUR
ZANELLA: (Menciona os componentes da Mesa.) O protocolo desta Casa
determina duas coisas, primeiro: que use da palavra a Liderança dos Partidos. E
na ocasião em que coloquei o meu nome como um dos oradores de hoje, eu
representava aqui o meu Partido, e me solicitou, naquela oportunidade, o
representante do PL e do PDS, que eu falasse em nome dos mesmos. E o faço,
neste momento, para que não fiquem estas bancadas sem representação nesta
solenidade.
A Bancada do PDS: Ver. João Dib, Leão de Medeiros,
Vicente Dutra e Mano José.
A Bancada do PL: Ver. Wilson Santos.
E no meu nome pessoal digo que a segunda parte do
protocolo, que não é escrito aqui nesta Casa, normalmente, determina que o
Vereador proponente faça a biografia do homenageado, coisa que o Ver. Ervino
Besson, que teve a feliz iniciativa da concessão deste título honorífico,
realizou com o brilhantismo de sempre.
Então, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Srs.
integrantes, queria dizer, no dia de hoje, algo que quase sempre digo e me
torno repetitivo, mas que numa solenidade como esta temos a simbiose de duas
oportunidades. A primeira oportunidade é que temos condições e o dever de
ressaltar aquelas pessoas que vem para Porto Alegre, e sempre digo, em busca de
um sonho, e que, em grande parte das vezes, este sonho se torna um pesadelo.
Poucas vezes este sonho se transforma numa radiosa realidade.
E é o que ocorre neste caso, neste momento, com o
nosso homenageado. Aqui ele conseguiu, nesta Cidade, desenvolver aquelas
potencialidades que o levaram, não só à posição que hoje ocupa, mas que o
levarem a ter o respeito de todos nós. E, num segundo momento, dá a
oportunidade para que Porto Alegre, por intermédio dos seus representantes,
possa destacar as qualidades de uma pessoa que merece, desta Cidade, além da
homenagem que hoje está lhe prestando, consiga esta Cidade apresentar aos seus
concidadãos um novo cidadão de Porto Alegre da estripe, da posição e,
principalmente apresentar a honra que tem Porto Alegre em ter como um dos seus
filhos mais ilustres, agora, como sempre digo e muitos dizem, de papel passado,
uma pessoa como o Carlos Bastos.
Era isso que queria dizer no dia de hoje, em meu
nome pessoal e em nome da Bancada do PDS e em nome da Bancada do Partido
Liberal. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Antes de concedermos à palavra ao próximo orador, a Mesa quer
considerar, na extensão da própria Mesa, os filhos do nosso homenageado:
Sandra, Denise, Lisiane, Carlos Henrique e a Rosa Cristina, além do neto do
Bastos, o Tiago.
Também queremos registrar a presença entre nós,
para honra desta Casa, do Ver. Tadeu Karcheski, Presidente da Câmara Municipal
de Passo Fundo; do Prefeito daquele Município, companheiro Airton Dipp e do
Prefeito de Itacorubi, João Belmonte, a quem saudamos e agradecemos a presença
entre nós.
Com a palavra o Ver. Isaac Ainhorn que falará em
nome da Bancada do PDT.
O SR. ISAAC
AINHORN: (Menciona os componentes da Mesa.) Numa hora destas, em que a
Câmara Municipal de Porto Alegre outorga a cidadania porto-alegrense ao meu
amigo Carlos Bastos, não poderia deixar, ainda que de forma breve, de dividir
com meus pares a oportunidade de uma saudação. Graças a uma deferência especial
do proponente da homenagem, Ervino Besson, da liderança do meu Partido e da
Presidência da Casa.
Há títulos que não se compram, não se pedem. A
Cidadania é um destes. Ela é conquistada. Surge em troca do que se fez, do que
se realizou para merecê-la. Com Carlos Bastos é assim. Recebe a cidadania de
Porto Alegre por que muito fez por esta Cidade, por que muito realizou por ela,
porque é um homem que ao longo dos quase quarenta anos em que aqui se radicou
soube como ninguém semear respeito profissional e, mais do que isto, amizades.
E é alguém que, como muito poucos, curte a cidade em que vive, dos grandes
parques, estádios, dos bares e restaurantes desta cidade, dos locais de grande
concentração pública a alguma vila perdida em algum bairro da periferia. Ao
lado dessa qualidade, a lealdade, a relação vertical sem submissão, e a
correção com aqueles com quem trabalhou.
Saúdo o novo Cidadão de Porto Alegre como um
imperativo que nasce do relacionamento que existe entre nós, há muitos anos e,
principalmente, porque Carlos Bastos é e sempre foi um homem de convicções
firmes, quer como jornalista, quer como ser político. De ideologia voltada para
o trabalhismo de Vargas e Jango, sem mudanças e sem estremecimentos ao longo de
sua vida, - acreditando firmemente que o trabalhismo como expressão brasileira
da social-democracia - será capaz de conduzir o nosso país a um regime de plena
justiça social. E manteve esta firmeza e coerência de propósitos e caráter
mesmo nos momentos de das maiores adversidades políticos, não abdicando de seus
princípios nem mesmo nos sombrios dias da ditadura. Por isto, outra razão forte
para saudá-lo efusivamente. Ligam-nos ainda indissoluvelmente, profundos laços
de identidade política e militância partidária.
Carlos Bastos tem no jornalismo uma carreira de
sucessos um vitorioso, quer no jornalismo impresso, no rádio ou na tevê.
Nascido em Passo Fundo, “este pedaço de Rio Grande amado”, no dizer do poeta
popular Teixeirinha, Carlos Henrique Esquivel Bastos estreou no jornalismo há
37 anos, no Jornal “O Clarim”, do PTB, idealizado por Leonel Brizola. Atuou em
diversos setores do sindicalismo à reportagem policial, mas sua preferência
sempre foi a política. Depois, sua carreira foi de grande expressão: “A Hora”,
de 1956 a 1959; “Última Hora” e “Jornal do Dia”, nos idos de 1960; e finalmente
Zero Hora, em 1970. Deixou a marca de sua competência nas Rádios Gaúcha,
Difusora e Guaíba e, na televisão, dirigiu de 1979 a 1987 o jornalismo da RBS
em Brasília, retornou para Zero Hora. Afastando-se para comandar a área de
comunicação social na vitoriosa campanha de Alceu Collares ao Palácio Piratini,
exercendo hoje a Secretaria e Comunicação Social do Governo do Rio Grande.
Outra ponderável razão para saudar o novo Cidadão
de Porto Alegre é nosso convívio, que ultrapassou a simples amizade para
tornar-se uma sólida e profunda amizade. Ao longo dos últimos dez anos, temos
tido uma convivência quase que diária. E, geralmente, Bastos é para mim um
conselheiro. Busco junto a ele idéias, sugestões e conselhos. Somos, assim,
quase que como almas gêmeas, unidos por forte amizade e por profundos laços
político-partidários.
Por último, mais uma razão para saudá-lo: o que ele
fez por nossa querida Porto Alegre. Carlos Bastos, como cidadão ou homem de
jornalismo, sempre esteve empenhado em dar a nossa cidade o melhor. Empenhou-se
em campanhas para nossa capital ser uma cidade progressista e moderna. Adotou
Porto Alegre de todo o coração e por ela muito fez e muito trabalhou. Seus
inúmeros amigos aqui presentes são testemunhas disto. Assim, portanto é
merecedor da honraria que hoje recebe. Faz jus, com sobras, de um Cidadão de
Porto Alegre. Com méritos, com merecimento. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Registramos também a presença entre nós do ilustre Secretário
de Estado para assuntos internacionais, Dr. Caio Tomazelli. E concedemos a
palavra ao próximo orador, que falará em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, Ver. Clovis Ilgenfritz.
O SR. CLOVIS
ILGENFRITZ: (Menciona os componentes da Mesa.) Em nome da Bancada do
Partido dos Trabalhadores que aqui estou representando, finalmente alguém que
não seja do PDT, quarto a falar, e também em nome de uma antiga amizade antes
mesmo da Fundação do PT; quando eu era um sindicalista, um ativista social,
encontrei o companheiro posso chamar assim Bastos e desde o primeiro momento me
causou uma impressão muito boa, uma pessoa que cativou no primeiro instante por
ter sido acessível como um jornalista, profissional que é aberto em muitas
oportunidades nos momentos difíceis do fim da década de 70 quando nos
conhecemos mais de perto, e que nós estávamos experimentando tentando abrir as
portas para democratização do País, que nós estávamos à busca das pessoas que
descem aquela mínima condição, embora essas pessoas, muitas vezes, tivessem
correndo riscos nas funções que desempenhavam e com uma modéstia singular, mas
uma competência também logo reconhecida, nós vimos desde o primeiro momento no
Jornalista Carlos Bastos uma pessoa; humanista uma pessoa que defendia as suas
idéias sem temor com todos os cuidados que é preciso ter para continuar a luta
e conquistar enfim, a liberdade. Eu senti o apoio e sou testemunha pessoal do
Bastos, eu acho que na época estavam também outros jornalistas importantes
começando a vida na Guaíba, foi quando tive mais contato com o Jornalista Brito
e outros. E nós fizemos inúmeros programas que tinham alcance político, social,
profissional, os nossos Sindicatos e a busca da anistia, da abertura, a busca
da democratização. Eu tenho também a minha 2ª cidade do coração, Passo Fundo.
Também sou gremista e me orgulho disto. Então, em nome do Partido dos
Trabalhadores, sua Bancada que está reunida com o Prefeito e me destacou para
estar aqui, a reunião já estava marcada há mais tempo, para saudar Bastos, sua
família e dizer que muito nos orgulhamos de participar deste momento e fazer
parte daqueles que estão entregando ao Bastos o título de Cidadão de Porto
Alegre. Eu há pouco tempo, a única vez em que propus um título nesta Casa, e
fui muito bem sucedido, tivemos praticamente unanimidade dos Vereadores foi
para um Cidadão do mundo que se chama Nelson Mandela lá em Brasília quando ele
esteve no Brasil. Hoje estou fazendo parte de mais um momento feliz da minha
vida em poder saudar Bastos em nome do Partido dos Trabalhadores aqui em Porto
Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O último orador inscrito para falar em nome das Bancadas
saudando o homenageado desta Sessão Solene é o Ver. Lauro Hagemann que falará
em nome do Partido Comunista Brasileiro.
O SR. LAURO
HAGEMANN: (Menciona os componentes da Mesa.) Esta hoje é uma autêntica
festa de jornalistas para homenagear um jornalista na mais completa acepção do
termo. Carlos Bastos se notabilizou nesta Cidade, no rádio, na televisão, no
jornalismo impresso, por onde tem andado espalhou competência e mais do que
competência, amizade. Mas não é para falar do Jornalista Carlos Bastos que
assumo à tribuna.
Quero dizer aqui, acrescentando ao formalismo
carinhoso, respeitoso com que se traduzem estas homenagens, um componente
adicional e especial; quero falar sobre o ente político Carlos Bastos, o homem
que, vitorioso na profissão, jamais esqueceu da sua condição essencial de ente
político. E procurou sempre representar os mais legítimos anseios da sociedade
naquilo que ela tem de mais sagrado: a liberdade, a democracia, o pluralismo.
Esta tem sido a característica do Carlos Bastos. Não é por acaso que hoje ele
ocupa a Secretaria Especial de Comunicação do Governo do Estado. Não é por
acaso e não é por dádiva, conquistou esta posição por merecimento, por
competência, pelo reconhecimento ao seu trabalho de 37 anos prestados a esta
causa. Porque o jornalista é um homem público, com um mandato permanente, pelo
menos, até quando ele o queira.
E o Bastos tem sabido levar este mandato por 37
longos anos.
E nesta função de homem público o Carlos Bastos
tem-se destacado. Por isto que nós, jornalistas, que ocupamos um cargo eletivo,
devemos, também, nos mirar nestas figuras que são permanentes.
O Carlos Bastos, durante a sua militância
profissional não esqueceu sua raízes políticas, sempre foi um trabalhista com
as necessidades globais da sociedade. E ajudou a todos os outros que não
comungam das mesmas idéias. E até vou usar uma linguagem jornalística,
inserindo uma fotografia neste breve discurso despretensioso como ilustração do
que o Bastos é capaz ou foi capaz ou será capaz.
Corriam os dias sombrios de 64, logo após Golpe
Militar o Partido Comunista recebera da Direção Nacional a tarefa de fazer
chegar à sociedade um panfleto subscrito pelo Sr. Luiz Carlos Prestes, no qual
conclamava a sociedade a reagir pacificamente ao estabelecimento da ditadura
para que o Estado de Direito voltasse a imperar tão pronto fosse possível.
Estes panfletos, é fácil de se imaginar, não podiam ser carregados para as
várias cidades do interior do estado como se fosse uma mala de correio. Um
companheiro nosso foi encarregado de levar uma parte deste material para a
cidade de Caxias do Sul. Não sabendo como conseguir, porque a vigilância era
muito grande, em plena clandestinidade, procurado pela política, foi
socorrer-se do amigo, do colega Carlos Bastos. E o Carlos Bastos levou esse jornalista
comunista encarregado da tarefa, de levar os panfletos do Partido, com a
assinatura de Luiz Carlos Prestes, à Cidade de Caxias do Sul. E para lá se
tocaram, no próprio carro do Jornalista Bastos. Passaram quase um dia inteiro à
procura de alguém que pudesse receber os panfletos, porque andava todo mundo
procurado. Passaram longo tempo, conseguiram desempenhar a tarefa e voltaram a
Porto Alegre.
Esta é uma breve ilustração do que o Jornalista
Carlos Bastos é capaz de fazer, sem esquecer até hoje a sua origem trabalhista.
Mas um homem plural, capaz de entender que uma sociedade é mais do que um
partido político, ela representa a coletividade, ela é a representação da vida.
Por isto que o Título que hoje a Câmara confere a Carlos Bastos tem um significado
muito especial.
Geralmente, quando nós Vereadores, quando subimos à
Tribuna para saudar os homenageados, falamos com muito respeito, com muito
carinho, com efusão. Mas hoje as nossas palavras ao Companheiro Jornalista
Carlos Bastos se revestem de um significado muito mais profundo. (Palmas).
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dilamar Machado): A Mesa registra a presença entre nós dos
ilustres Deputados Estaduais do Rio Grande do Sul, Dep. Carlos Araújo, Líder do
PDT na Assembléia Legislativa e o Dep. Sérgio Zambiazi, Líder do PTB na
Assembléia Legislativa, orgulhando-se da presença de V.Exªs, entre nós,
colocamos, o Plenário desse Legislativo à disposição desses Parlamentares.
Convido agora para que todos presentes, de pé,
acompanhem o momento da solenidade em que o Excelentíssimo Sr. Sec. Hélio
Corbelini, representando o Prefeito Municipal Olívio Dutra, para a entrega do
Título de Cidadão Porto-alegrense ao Jornalista Carlos Bastos, e o
Excelentíssimo Sr. Vice-governador do Estado Dr. João Gilberto Lucas Coelho,
fará entrega da Medalha de Cidadão Porto-alegrense ao nosso Homenageado.
(É feita a entrega.) (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE: Senhoras e Senhores, dando seqüência a este ato, temos neste
momento a honra de passarmos a palavra ao novo Cidadão de Porto Alegre,
homenageado nesta Sessão Solene, Secretário de Comunicação Social do RS, Jorn.
Carlos Bastos.
O SR. CARLOS
BASTOS: (Menciona os componentes da Mesa.) Por uma feliz coincidência, que
me é muito grata ao coração, recebo hoje o título de Cidadão de Porto Alegre
precisamente da Casa na qual, em 1955, iniciei minha carreira de jornalista. Há
37 anos, entrava no plenário da Câmara de Vereadores, então situada no 14º
andar do prédio da Prefeitura Nova, e ali colhia os elementos para a minha primeira
matéria publicada em um órgão de imprensa. Começava também, exatamente naquele
momento, meu aprendizado mais próximo do relevante trabalho atribuído a esta
instituição, que desde então só cresceu no meu conceito e no meu apreço. Era o
contato que coroava minha integração com esta cidade. Transferido três anos e
meio antes com minha família, da querida Passo Fundo, logo percebi que em mim
nasciam profundas raízes de afeto para com Porto Alegre, sentimento que se
fortaleceu pela circunstância de que nela passei a exercer a atividade
profissional que se tornou a razão de minha vida.
A alta distinção que me atribuem hoje os Senhores,
entendo-a dirigir-se ao jornalista, ao homem de longa trajetória a serviço da
comunicação social. É outro dos laços que me aproximam deste Legislativo. Hoje,
quase um terço de sua composição é de comunicadores. E, para minha alegria,
vejo neste plenário cinco Vereadores que já foram meus colegas de trabalho.
Escreveu Alceu de Amoroso Lima que “cada tempo tem
a sua eternidade própria. Descobri-la é o segredo do grande jornalista”. Homens
de imprensa com Alberto André, Manoel Braga Gastal, Glênio Peres, Hamilton
Chaves, Ibsen Pinheiro, Dilamar Machado, Lauro Hagemann, Antonio Hohlfeldt,
Paulo Sant’Ana, Say Marques, Indio Vargas e tantos outros sabem e souberam
encarnar o conceito do grande pensador, do incansável batalhador contra a
opressão e a ditadura, destacando-se igualmente por sua estatura de homens
públicos, revelada em sua atuação como Vereadores.
A láurea que esta Casa ora me confere ganha, por
isso, para mim, extraordinária relevância. Mais do que isso, consagra uma
relação íntima, que quero indestrutível por todos os meus dias, com Porto
Alegre. Tenho um caso de amor com esta cidade, que floresceu no convívio com sua
paisagem natural e urbana, percorrendo suas ruas, seus parques, suas praças,
seus bares, seus restaurantes, torcendo pelo Grêmio, minha outra paixão
irrevogável. Recordo quando, em 87 e 88, ao me transferir para Brasília, para
acompanhar de perto o desenrolar de Constituinte, acabei não resistindo às
saudades de minha Capital, de minha família, dos meus filhos, dos jogos no
Estádio Olímpico. Mais do que tudo nela me cativa esta sua sábia sintonia entre
o provinciano e o cosmopolita, entre sua fisionomia mais autêntica e sua
vocação para o desenvolvimento e a modernidade.
Senhores. Não poderia ocupar esta tribuna sem fazer
menção às responsabilidades de que me investi, ao aceitar o honroso convite do
Governador Alceu Collares para ocupar o cargo de Secretário Extraordinário de
Comunicação Social, em sua administração dinâmica e esclarecida. Longe de
quaisquer vaidades estéreis, o que me entusiasma nesse novo estágio de minha
trajetória pessoal é o privilégio de acompanhar de perto a notável obra que
empreende incansavelmente Sua Excelência. Creio haver merecido sua confiança
por minhas afinidades de larga data com o trabalhismo e pelo que me foi dado
realizar como coordenador de sua campanha pelo rádio e pela televisão, no
segundo turno da vitoriosa caminhada que o conduziu ao Palácio Piratini.
Gratifica-me sobremaneira integrar uma administração que marcará época na
História deste Estado. O atual Governo já tem a apresentar à opinião pública
rio-grandense importantes conquistas de sua gestão profícua como a construção
de CIEPs e a sua gradual disseminação por todo o território gaúcho, o
aproveitamento integral das disponibilidades das escolas, a federalização da
dívida, o ressurgimento do BRDE, a instalação de condomínios rurais, o
assentamento de colonos em terras do Estado, o enxugamento da máquina
burocrática, com a extinção de seis Secretarias, a ampliação dos serviços da
CRT e a implantação do sistema de sete dígitos, o combate desassombrado aos
sonegadores - este é o primeiro governo que prende empresários relapsos -,
dentre muitíssimas outras realizações de envergadura. E muitíssimas mais se
inscreverão a seu crédito, ao longo de todo o seu período. Homem público de
extraordinária visão, Alceu Collares governa para o presente e para o futuro,
razão pela qual a racionalização da máquina estatal é para ele quase uma
obsessão. As auditorias operacionais, ora pioneiramente em execução, indicarão
os caminhos seguros para a redução das despesas de custeio e a multiplicação
dos investimentos, para o que concorrerá também a inovadora gestão única do
sistema financeiro. Como é emblemático de todos os governos trabalhistas, o
Chefe do Executivo do Rio Grande haverá de ser lembrado pela elevação dos
padrões de bem-estar social de nossa gente e pelo progresso econômico de nossa
terra.
Meus Senhores. Enseja ainda este ato solene, em que
a colenda Câmara Municipal de Porto Alegre me acolhe e me homenageia, pela
generosidade de seus ilustres integrantes, uma manifestação política, mas não
partidária. Não poderia deixar de propugnar neste momento uma união das forças
progressistas, especialmente as identificadas com o trabalhismo, já nas
eleições deste ano, tendo como objetivo a sucessão estadual de 1994, e o
próprio pleito presidencial que lhe será concomitante. O que impede uma
coligação entre os trabalhistas de Alceu Collares, os peemedebistas de Pedro
Simon, os trabalhistas de Sérgio Zambiazi, os social-democratas de João
Gilberto, os petistas de Olívio Dutra e as demais agremiações de esquerda? Falo
de uma aliança que já registra fecundos antecedentes, tanto no segundo turno,
quando da eleição do governador Collares, como por ocasião da eleição do
Presidente Collor, desta vez em torno do nome de Lula.
Collares, Simon, Zambiazi e João Gilberto, em
particular, têm a uni-los o elevado apreço comum às personalidades de Getúlio
Vargas, João Goulart a Alberto Pasqualini e, por que não?, também a Leonel
Brizola. Todos eles se batem pela justiça social, todos defendem a harmonia
entre o capital e o trabalho, todos são social-democratas. O que proponho é uma
jornada de ideais compartilhados, que haverá de marcar a história política do
Rio Grande, decidindo já no primeiro turno todas as eleições neste Estado, pela
coesão das correntes progressistas, trabalhistas e social-democratas. O que
preconizo não é um sonho, mas um desafio que, se aceito, transformará a
fisionomia do Rio Grande, dando um exemplo de sintonia, de entendimento, de
madura conjugação de esforços, em prol do bem comum, a todo o Brasil.
Por fim, deixem falar meu coração. Devo dizer que a
láurea que recebo assume para mim um caráter especialíssimo, por ter sido
proposta por um companheiro do PDT, que admiro por suas profundas vinculações
com a comunidade a que serve, Ervino Besson. Conduzido a esta Casa pelo seu
trabalho comunitário nos bairros Cavalhada e Vila Nova, na Zona Sul da cidade,
vem-se destacando importantes áreas de Porto Alegre, como pela defesa coerente,
constante, do mais alto sentido cívico, do ideário de nosso grande partido.
Orgulha-me que sua proposição haja sido esposada, mediante aprovação unânime,
por todos os demais membros deste Legislativo.
Mas não conquistei sozinho o título de Cidadão de
Porto Alegre. Um homem é também sua circunstância, afirmou o filósofo espanhol.
E é ainda sua família e suas afeições, permito-me acrescentar. Divido a
honraria nesta hora com minha esposa Aninha, meus filhos Denise, Lisiane,
Patrícia, Caito e Kika, os netos Tiago e Jean Marcel; divido-a com meu pai,
hoje com 96 anos, dedico-a à memória é minha mãe; reparto com meus irmãos
Gabriel, Rosa e Jaime, com meus parentes de sangue, sobrinhos, primas e primos,
com os parentes que ganhei pelo casamento, minha sogra, meus cunhados e
cunhadas, os tios, primos e sobrinhos de minha mulher.
Porto Alegre me conquistou. Mas nestes 40 anos em
que vivo, soube conquistar muitos amigos, alguns deles no exercício da
vereança, e boa parte deles ora aqui presentes e com os quais compartilho as
alegrias deste dia inesquecível.
Aumentam, a partir desta hora, minhas
responsabilidades para com Porto Alegre. E eu as desempenharei da forma que sei
e que quero: amando-a e devotando-me a ela, com todo o meu entusiasmo e toda a
minha gratidão. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Senhoras e Senhores. Antes de encerrar a solenidade, gostaria,
não na condição de presidente da Casa, mas de companheiro de trabalho de Carlos
Bastos, Cidadão de Porto Alegre, prestar uma homenagem citando, embora as
presenças ilustres, de gente como Bastos que fez e que fazem a história do
rádio e da televisão no Rio Grande do Sul. Agradecer a presença da Maria do
Carmo, do Rui Carlos Ostermann, do Paulo Sant’Ana, do Norberto Silveira, do
Salimen Junior, do Sérgio Zambiazi, do Paulo Sérgio, do José Barrionuevo, do
Castelo Branco, do Lauro Schirmer, enfim, de tantas pessoas, embora a gente
esteja fora do meio, eu aqui na Câmara, e o Bastos na Secretaria, nós
continuamos colegas e amigos de vocês e torcendo cada vez mais pelo sucesso
profissional de cada um. A todos que aqui compareceram, tornando esta sessão
solene num ato extremamente generoso, que mostra o prestígio do nosso cidadão,
nós queremos, ao encerrar a sessão, dizer que, a partir de hoje, Porto Alegre
cresce um pouco mais porque divide com Passo Fundo a maternidade deste cidadão,
hoje passo-fundense e porto-alegrense, Carlos Henrique Esquivel Bastos.
Estão encerrados os trabalhos.
(Levante-se a Sessão às 18h28min.)
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